ITM Platform acaba de lançar um teste de autoavaliação dirigido a todas as empresas que tenham dúvidas sobre o gerenciamento de seus projetos
Por detrás do titulo “Pensa mesmo que tem o necessário para gerenciar um PMO? ”, esta ferramenta de autoavaliação é dirigida tanto a empresas considerando a implantação de um escritório de projetos, como empresas já contando com um mas que, no entanto, sentem dificuldades na hora de definir as funções.
O teste analisa a situação atual da organização segundo três eixos principais: organização, talento e condições ambientais. Cruzando a maturidade com estes três fatores, identificamos o momento em que se encontra a organização e podemos proporcionar recomendações sobre como continuar avançando.
O projeto surge após o bom acolhimento do e-book “PMO: Roteiro para definir seu próprio Escritório de Gestão de Projetos”. A partir dos comentários recebidos, a equipe de ITM Platform identificou as áreas mais críticas que podem desbloquear ou acelerar o gerenciamento de projetos.
Este teste é lançado com o objetivo de fomentar a reflexão interior das organizações do setor. Por esse motivo, convidamos todos os participantes a partilharem o teste com o resto da organização, de maneira que possam comparar os resultados, debater sobre as discrepâncias ou aprofundar as motivações e desafios do gerenciamento de projetos.
As respostas dos participantes serão utilizadas de forma global para estudar a situação da comunidade de diretores de projeto e perseguir com a nossa missão que é de democratizar o gerenciamento de projetos.
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Neste blog já tivemos a oportunidade de mencionar os diferentes tipos de PMO segundo a classificação de Casey e Peck em 2001, a função de monitorização de tipo “estação meteorológica”.
Quando o PMO adquire autoridade para estabelecer diretrizes de ação, a sua ação pode ser comparada com a de uma torre de controle determinando quando um projeto poderá entrar na pista de aterragem, levantar voo e saber, ao mesmo tempo, quais as condições para o regresso e do espaço aéreo (ou seja, o tempo das equipes e orçamento disponíveis)
O PMO de controle, no entanto não toma apenas decisões para dirigir projetos. Se uma estação meteorológica serve de instrumento de medida, a torre de controle define procedimentos e padrões: monitoriza e garante a conformidade procurando melhorias.
Ainda que seja sempre importante reconhecer as diferenças que cada PMO deve incluir para se adaptar à sua organização matriz, estas são algumas das funções típicas de um escritório de gerenciamento de projetos de controle:
1. Estabelecer padrões para o gerenciamento de projetos
Cada projeto deve responder a certos padrões que servem como referência e aos quais se deverá ajustar o mais possível logo a partir da fase de iniciação. É recomendável que os padrões sejam flexíveis e permitam uma certa adaptação às circunstâncias que podem ir surgindo durante a realização do projeto. Esses padrões podem se referir a áreas distintas tais como:
Informação e nomenclatura. Os PMO apenas proporcionam modelos de relatório e que permitam tratar a informação de maneira homogenia, facilitando a comparação e analise entre projetos. O mais conveniente será determinar que tipos de relatórios são fornecidos, com que frequência são emitidos e a estrutura que apresentam.
Riscos: O que pode ser apresentado e em que momento, qual a probabilidade de êxito e que impacto podem ter no projeto.
Configuração do projeto ou organização. Envolve o estabelecimento de responsabilidades para cada um dos implicados no projeto, de modo a que as etapas e decisões importantes sejam tomadas pelos responsáveis em questão no menor tempo possível e tendo acesso a toda a informação relevante.
Apostar em manter padrões de equilíbrio entre um trabalho estruturado e equilibrado é um pratica acertada: devem ser suficientemente bem elaborados para garantir a complexidade da organização sem cair em excessos de burocracia. O objetivo é fazer as coisas simplesmente, que as tarefas sejam distribuídas de maneira clara, que cada um saiba o que deve fazer e quando, quais as suas responsabilidades e a quem deve comunicar os resultados, dúvidas ou problemas que possam surgir.
2. Procure a melhor forma de cumprir os padrões estabelecidos
Duas abordagens são possíveis:
Perspectiva externa: Procure se documentar acerca de técnicas de avaliação de riscos, quantificando o progresso de um projeto. Estude casos similares de outras empresas e tente aplica-los à sua situação concreta.
Perspectiva interna. Garanta que todos os membros da sua equipe e pessoal da empresa compreenda e saiba como pôr em pratica os padrões que estabeleceu. Por outro lado, implique seus colaboradores na detecção de erros e sugestões de melhorias. Todos devem ter o sentimento de pertencer à equipe e de participar no seu sucesso. Um olhar mais próximo, vindo de dentro, proporcionado pelos seus próprios colaboradores, é um recurso insubstituível.
3. Favoreça o cumprimento e elevação dos padrões
As organizações com uma cultura de qualidade avançada terão mais facilidade em dar este passo. Além disso é importante considerar incentivos para aqueles que se esforcem em realizar o seu trabalho o melhor possível, por exemplo, incluindo a adoção de normas para a avaliação do pessoal.
4. Participe ativamente na melhoria dos padrões
Além de premiar os colaboradores que avancem ideias que permitam melhorar os padrões estabelecidos, começando pela própria direção do escritório de projetos todos devem trabalhar ativamente na sua melhoria. Os dados relativos ao gerenciamento acumulados são um bom ponto de partida para implementar ações de melhoria. O mais importante será compreender que programas e áreas de atividades da organização podem sofrer mais com a adoção de mudanças para amortecer o choque perante ações de sensibilização.
Processo de implementação de um PMO de controle
Como em qualquer outro processo de gerenciamento de mudanças que afete toda a organização, os inícios podem ser bastantes difíceis.
No entanto, alguns fatores podem facilitar este processo:
Reconhecer as carências que justificaram a criação do escritório de gerenciamento de projetos.
Chefia partilhada entre a alta direção, responsáveis intermédios e direção do novo PMO
Adoptar um software completo, mas simples como IMT Platform, que permite organizar projetos em programas e analisar informação complexa de maneira uniforme.
Se estas condições não forem reunidas, ou se a implementação crie elevadas dificuldades, pode ser aconselhável de começar com um par de funções mais básicas, relativas a centralização da informação e facilidade em tomar decisõesSer rigoroso e exaustivo na recolha de dados permite aumentar a confiança de clientes e diretores, que em consequência se tornarão mais susceptíveis de aceitar as mudanças propostas pelo PMO, que poderá assim ir introduzindo novos sistemas de gerenciamentos de projetos de maneira gradual.
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Uma das necessidades mais frequentes com que se deparam as organizações que procuram instalar um PMO é a centralização da informação e conhecimento. Quando o correio eletrônico começa a ser utilizado como depositório para documentos, ou quando não existe uma homogeneidade entre fontes de informação dos diferentes projetos é possível que tenha chegado a hora de considerar a existência de uma estrutura que apoie as operações da organização.
Este tipo de PMO tem vindo a ser comparado com uma estação meteorológica, tendo em conta que a unificam de projetos e fluxos de informação permitem que se aumentem os dados e critérios objetivos para avaliar em que direção estão avançando projetos e equipes.
Servindo como centro de unificação do conhecimento, o PMO começa por ajudar a direção da empresa na tomada de decisões através do fornecimento de dados e informações.
Assim se consegue a confiança da direção da empresa, a aquisição de novas competências e a possibilidade de tomar decisões de forma mais direta. O resultado final consiste em converter a gestão de projetos de tipo apoiado em projetos com perfil mais diretivo e controlável. Este outro tipo de PMO será desenvolvido noutro articulo.
Funções desenvolvidas pelo PMO enquanto ferramenta de apoio
Tarefas de treinamento e aprendizagem, promoção de atitudes baseadas numa gestão adequada de projetos, supervisando tudo diretamente.
Transmissão de informações à direção empresarial, para que esta última possa tomar decisões executivas.
Procura de técnicas para reduzir custos.
Centralização de serviços de gerenciamento em um departamento de gerenciamento de projetos ou PMO, encorajando a poupança que este tipo de gerenciamento supõe.
Sensibilizar aqueles que tenham sido designados como Project Managers, aos quais será necessária formação em gerenciamento de projetos, mas também permitir liberdade suficiente para que desenvolvam adequadamente suas capacidades.
Aplicação e evolução do PMO de apoio
Ocasionalmente, os PMO de apoio se orientam para uma utilização enquanto serviço de melhoria interna, baseado na sensibilização e aquisição de responsabilidades por parte dos encarregados de cada um dos departamentos da empresa e de acordo com as instruções e monitorização da equipa de PMO.
O objetivo consiste em que que, após um certo tempo de formação, os responsáveis pelos diferentes departamentos da empresa ganhem novas competências em gerenciamento de projetos ou atualizem as que já possuem, realizando assim o seu trabalho praticamente sem ajuda do PMO. Isto permitirá ao PMO de se concentrar noutras áreas funcionais e de se reorientar para passar de um simples suporte de trabalho a uma integração mais estratégica
Juan Delgado
Blogger
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Um dos maiores desafios de um PMO é conseguir que as experiencias criadas por um projeto cheguem ao resto da organização e não se perdem ao se dissolver a equipe atribuída a um projeto. Mesmo dentro cada projeto, atingir uma linha de base de conhecimento compartilhado explicitamente por todos os membros chave da equipe pode ser complicado.
Este processo de transferência de conhecimento é especifico nas organizações baseadas em projetos e que se encontram com obstáculos diferentes aos que caracterizam a transferência e aplicação do conhecimento no âmbito da I+D+i, por exemplo.
Infelizmente, os Escritórios de Gerenciamento de projetos podem deixar as funções de transferência de conhecimento para segundo plano ou, quando reconhecem a sua importância, habitualmente não vão para além de um enfoque genuíno. Para tratar o problema na sua complexidade, recomendados partir do reconhecimento dos principais obstáculos que impedem uma função lineal do conhecimento
Segundo B.H. Reich, existem 9 obstáculos para a transferência de conhecimento entre projetos:
1. Lições não aprendidas
As dificuldades que têm as organizações para gerenciar o seu quotidiano baseado em projetos começam e terminam com esta ameaça. Mesmo que muito para além dos registos de experiencias anteriores e as diretivas para o projeto em questão, se trabalha a cada vez de uma maneira e irrepetível difícil de prever, mas as lições aprendidas permitem à equipe comparar e analisar os possíveis cenários, assim como aprender de situações anteriores que dificultaram a obtenção de resultados.
Infelizmente, o caractere irrepetível dos projetos complica cognitivamente a aplicação dessas lições, que habitualmente se transferem a partir da experiencia pessoal de um membro da equipe. Para conseguir levar a aprendizagem mais para além das componentes pessoais, é recomendável:
Trabalhar sobre arquivos documentais que permitam identificar similitudes anteriores de forma proativa
Compartilhar lições mais relevantes de projetos com características que se possam repetir, seja por pertencer à mesma linha de negócio, ter o mesmo cliente, ou desenvolver a atividade em mercados ou circunstâncias semelhantes
2. Seleção de equipe defeituosa
Ainda que a equipe de um projeto possa contar, em teoria, com todas as competências necessárias para entregar um resultado de qualidade suficiente, é possível que existam requisitos de competências de difícil identificação, especialmente pelo que diz respeito a aspetos relacionados com a experiencia acumulada, o conhecimento do know how da empresa e em caso de projetos no estrangeiro, a dimensão multicultural. A isto se pode acrescentar o feito que quem leva a cabo a planificação nunca será um especialista em todos os aspetos técnicos que devem ser cobertos, podendo mesmo falhar ao adicionar os requerimentos com a capacidade técnica da equipe. Neste caso, incluir a transferência de conhecimento internamente no projeto pode falhar gravemente.
3. Volatilidade da equipe de gerenciamento
Neste caso, trata-se de um problema relacionado com o gerenciamento do projeto. A perda de um membro da estrutura de gerenciamento que tenha influência direta na orientação dos recursos e as estratégias corporativas (patrocínio executivo ou direção do projeto por exemplo) compromete seriamente os níveis de conhecimentos e estabilidade dentro dos departamentos da empresa baseada em projeto.
4. Falta de reconhecimento das funções
O gerenciamento do projeto é assegurado tanto pela direção como pelos patrocinadores dos projetos que devem receber a informação adequada para monitorizar com mais critério. A dificuldade consiste em incorporar a alta direção no gerenciamento do conhecimento sem que ela perda a autoridade. O perigo é que a direção tome decisões erradas devido à pressão dos patrocinadores que por vezes tem uma percepção errada ou relevar imprecisões em relação ao projeto
5. Integração inadequada do conhecimento
Os projetos de grande magnitude requerem entrelaçar conhecimentos especializados de várias áreas para solucionar problemas complexos, inovar ou transformar esses conhecimentos em algo maior, graças a uma integração correta.
Como sabemos, não há ninguém que possua a chave exata para encaixar de forma adequada esses conhecimentos diversos, criando um risco de as peças do puzzle se juntarem incorretamente, interferindo com o resultado.
Perante este cenário, o gerenciamento de projetos requere que os diretores garantam uma comunicação eficaz com e entre as suas equipes de trabalho para facilitar uma integração de conhecimentos multifuncionais com sucesso e evitar que alguma equipa de trabalho se dedique, de maneira independente e por desconhecimento, a resolver um problema sobre o qual outra equipe já esta trabalhando. Isto cria frustração e um desgaste não necessário dos recursos.
6. Transferência incompleta do conhecimento
Habitualmente, para desenvolver um projeto complexo e inovador que requer a implementação de recursos ou suporte técnico especializado, os membros do projeto devem incentivar os provedores da organização a interagir com um consultor. Nestas interações, a transferência do conhecimento deve procurar ser o mais transparente possível, no entanto os receios ou conflitos de interesses entre a equipe do projeto e o provedor de conhecimentos acabarão por interferir no processo.
A maioria das falhas que afetam a concretização de um projeto aparecem porque durante a concepção, houve uma transferência de conhecimentos incompleta entre a equipa, consultores externos e provedores.
Isto acontece porque as pessoas que se dedicam à consultoria têm como aspiração de receber algo importante em troca a longo prazo, pela sua propriedade intelectual ou reconhecimento de valor, recusando assim revelar o seu conhecimento logo de início.
Em consequência, durante a transferência de conhecimentos, é omitida informação que costuma ser crucial para o êxito do projeto o que é habitualmente descoberto apenas quando o projeto falha, obrigando assim a retroceder e procurar as falhas. Deste modo, é primordial garantir a boa qualidade e operabilidade da documentação recebida pelo provedor de conhecimento de modo a que o gerente do projeto possa tomar as decisões mais adequadas para a sua empresa.
7. Saída de membros da equipe
O fato que algum membro da equipe deva sair devido a circunstancias planificadas ou imprevistas supõe uma fuga intelectual de grande valor para o projeto, já que o tempo que essa pessoa dedicou ao processo de concepção ou planificação implica a acumulação de competências ou conhecimentos relacionados com o projeto e que podem ser insubstituíveis. Estes conhecimentos desaparecem se a pessoa deixar a equipe.
Para se proteger contra as falhas de conhecimento que criam as eventuais migrações de membros da equipe considerados como peças chave do projeto, devem ser tomadas medidas preventivas de documentação, com a finalidade de dar continuidade ao projeto com novos integrantes, caso ocorra essa saída antecipada. Obviamente haverá sempre uma quantidade imprecisa de conhecimentos que desaparecerão com essa pessoa que serão irrecuperáveis.
8. Falta de um mapa de conhecimentos por função
Uma parte do gerenciamento de projetos que não podemos deixar de ter em conta, é a criação antecipada de um mapa de conhecimentos, reagrupados por funções, que sirva de ferramenta para todos os membros da equipe (incluindo cargos superiores) se possam determinar quem é capaz de fazer o quê e quais os conhecimentos que a equipa possui para um projeto.
O mapa de conhecimentos ou competências permite facilitar a abordagem eficiente e efetiva de problemas complexos. Não contar com um, pode se traduzir em dificuldades para encontrar a solução a um determinado conflito, já que se supõe o risco de atribuir uma tomada de decisões a pessoas cujas as competências não são as mais ideais para o tipo de problema.
Os teóricos na matéria, como Crowston e Kammener ou Faraj e Sproull incluíram nos seus estudos, que equipes de projetos com um mapa de conhecimentos podem ser mais eficazes se se concentrarem, principalmente, na integração do conhecimento.
9. Perda entre fases
Durante os processos operacionais do projeto, a estrutura e integração da equipe varia com o passar de uma fase a outra, o que proporciona o risco de perder competências valiosas entre as mudanças de constituição ou de transmitir conhecimentos de forma adequada. Nestes casos, tradicionalmente, recorre-se as técnicas documentação escrita ou gráfica para registar os conhecimentos durante uma fase prévia, uteis para as operações de uma fase seguinte.
Não obstante, no registo escrito, apenas costumamos transcrever por alto dados de grande relevância para o desenvolvimento ótima da nova fase operacional, devido a escolhas de concepção ou uma opção particular. Por sua vez, as interpretações que cada equipe faz da documentação podem vir a ser alteradas pelos critérios subjetivos dos seus integrantes, o que abre a porta a erros ou atrasos, enquanto que se procura compreender o porquê de terem sido tomadas determinadas decisões durante a fase anterior.
Por conseguinte, como método de gerenciamento de conhecimentos ou competências relativas ao gerenciamento de projetos, recomendamos integrar na documentação registos multimídia que se completem por exemplo com vídeos de aspectos crucias da toma de decisões relativas a cada fase especifica, assim como constituir bases de dados e redes de especialistas, para que a documentação seja o mais precisa e clara possível.
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Os Project Management Offices, PMO, ou Escritórios de Gerenciamento de Projetos são departamentos que organizam e economizam os recursos graças ao estabelecimento de protocolos, documentação e centralização do gerenciamento de projetos.
A vontade de implementar um PMO parte de um diagnóstico negativo que reconhece a insuficiência das atuais capacidades de gerenciamento de projeto. No entanto não existem recomendações universais para gerenciar essa mudança de maneira eficaz. O objetivo de cada PMO depende sobretudo do contexto de cada organização e de fatores tão variados como o setor econômico, o tamanho da organização ou as competências em gestão de projetos dos colaboradores.
No entanto há ainda um fator ainda mais importante: a PMO terá que oferecer uma solução para corrigir as lacunas. Naturalmente, as necessidades serão diferentes consoante a conjuntura. As soluções não podem obviamente ser as mesmas.
Apesar de ser arriscado oferecer recomendações para um assunto tão dependente da conjuntura como este, uma tipologia clássica das distintas formas de PMO é por exemplo a que propuseram William Casey y Wendi Peck em 2001, no articulo “Choosing the right PMO setup”. Os autores começam por reconhecer que, ainda que o caráter genérico do PMO pode ser visto habitualmente como uma solução milagre, não existe uma medicina universal.
Podemos resumir a sua tipologia em 3 metáforas: a PMO pode ser uma “estação meteorológica”, uma “torre de controle” ou uma “fonte de recursos”
Tipo 1: PMO “estação meteorológica”
Em certas ocasiões, os clientes podem sentir que estão recebendo pouca informação sobre o que está acontecendo no projeto. A percepção é que estão a investir tempo, dinheiro e esperanças em resultados de projetos dos quais não tem informação detalhada.
Outra possibilidade é que gerenciem vários projetos simultaneamente e recebam informação diferente sobre os progressos em cada um de eles.
A solução para este problema é implementar um PMO cuja missão será de facilitar o acesso a informação objetiva, bem estruturada e comparável. Ao proporcionar modelos para relatórios, os conteúdos apresentam-se de forma homogenia e previsível, permitindo tratar a informação com maior eficácia.
Algumas das perguntas que os clientes de este tipo de PMO devem poder responder são:
Qual é o estado atual do projeto? Que grau de execução dos objetos iniciais se alcançou até ao momento?
Quais são os investimentos, e a que se dedica concretamente o capital aportado? As previsões parecem suficientes? Quanto do total previsto se gastou até ao momento?
Quais são os principais riscos ou problemas que podem surgir durante a execução do projeto? /li>
No entanto, este tipo de PMO são simplesmente informativas, o que se significa que não têm competências para coordenar nem a autoridade suficiente para tomar decisões e melhorar projetos.
Se deseja que seja a própria PMO a solucionar os problemas do projeto, deverá optar por outro modelo.
Tipo 2: PMO “torre de controle”
Este tipo de PMO pode ser utilizado em conjunto com a anteriormente descrita. De fato, trata-se de um complemento adequado se deseja que a monitorização de projetos e detecção de problemas realizado graças a um PMO de tipo “estação meteorológica” implique a adoção de medidas corretoras para garantir que o projeto se ajuste aos padrões estabelecidos. .
As funções deste tipo de PMO são:
1. Definição de padrões para gerenciamento de projetos
Os padrões servem como referência metodológica aos quais os gerenciadores de projeto se devem adaptar o melhor possível guardando, no entanto, um certo grau de flexibilidade que permita responder em real às alterações que podem surgir no mercado ou no contexto socioeconômico. A definição de padrões também pode incluir os seguintes aspetos:
Estabelecer o nível de risco desejado e os pontos em que se pretende assumi-lo
A organização do pessoal encarregado de realizar o projeto e a distribuição de tarefas
Canais de comunicação e de informação que mantenham atualizada a equipa, a direção e os clientes.
2. Decisão de metodologias para medir e analisar os resultados alcançados pelo projeto
Devem ser estabelecidos sistemas quantitativos que permitam monitorizar o avanço do projeto em tempo real para detectar carências e poder tomar medidas corretoras que minimizem o impacto final dos desvios no plano inicial
3. Cumprimento e elevação dos padrões
A aplicação de leves e constantes medidas corretoras permite não perder o foco estabelecido pelo plano inicial e respeitar os padrões estabelecidos. Dependendo da maturidade do PMO e do grau de conformidade da organização, pode ser importante também rever os padrões com novos aspetos.
Logicamente, quando o grau de conformidade é baixo, poderá ser interessante rever os padrões “por baixo” para que se ajustem à possibilidade real das equipes.
Tipo 3: PMO “fonte de recursos”
Este terceiro tipo de PMO é adaptado a empresas de tamanho superior, onde se exige um grau de especialização máximo e se podem mobilizar recursos humanos assim como novos projetos com relativa facilidade.
Neste contexto, é possível que os gerenciadores de projeto designados para executar um projeto não tenham o perfil desejado. A solução de é de recorrer a Project Managers como se fossem um produto de catalogo. Se procurar um Project Manager perito num determinado campo de conhecimento, um setor de mercado, etc., deverá recorrer a uma “loja” de Project Managers especifica, pois isso será a garantia que a sua formação ou experencia será ajustada à qualidade desejada, em consequência, supõe que será uma garantia para o bom desenvolvimento do projeto.
Este tipo de interpretação do PMO não garante que realizam os projetos adequados ou que se realizem de forma ideal, apenas os Project Managers selecionados são realmente indicados para o sucesso do projeto. Este o pilar sobre o qual deve repousar o êxito, que deverá além disso se apoiar noutros fatores como uma boa comunicação, um quadro competente e motivado, etc.
Uma vez selecionado adequadamente o Project Manager, ele deverá ter a liberdade suficiente para realizar o trabalho da maneira que considere mais adequada.
Mas afinal, qual é o melhor tipo de PMO?
Tal como explicamos no início do artigo, cada empresa e cada projeto tem objetivos e aspirações diferentes. Em função da maturidade de uma empresa, do seu alcance e das suas necessidades, deverá recorrer em maior ou menor medida a cada um dos tipos de PMO.
Juan Delgado
Blogger ITM Platform
Este é o primeiro artigo de uma seria dedicada aos PMO. Os primeiros três artigos serão dedicados a cada um dos modelos explicados neste artigo..
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